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Como já foi dito, o cravador é o profissional que crava a pedra na jóia. Por sua vez, o ourives faz a jóia, para que o cravador possa cravar. Estas operações seriam mais simples se estes dois profissionais trabalhassem em conjunto, mas infelizmente isto pode não acontecer. Mesmo trabalhando no mesmo atelier, os dois podem divergir.

Para se cravar, chapa, caixa, garra e laterais devem obedecer a uma medida correspondente à pedra. Vejamos o caso de uma cravação inglesa, onde a pedra será cravada em uma caixa.

Teremos que fazer um trilho interno, por isso a parede da caixa deve ter uma espessura correspondente a esse trilho. A pedra não deverá entrar na caixa quando esta estiver terminada pelo ourives, ou seja, o diâmetro da pedra deve ser maior que a caixa.

Temos ainda que considerar a altura da pedra.

Vamos então estudar a pedra. Mesa, rondízio, pião e altura são as medidas de uma pedra que deverão ser consideradas para se confeccionar a jóia que será cravada.

  • Mesa é uma superfície plana (parte superior da pedra) que ajuda a corretamente se posicionar a pedra.
  • Facetas, como o nome já diz, são cortes simétricos que vão fazer com que a pedra brilhe ao receber a luz.
  • Rondízio é a divisão entre a mesa e o pião.
  • Pião é a parte inferior facetada que circunda a pedra.
  • Altura é a medida total da pedra, desde a mesa até o término do pião.

Considerando a altura da pedra, o ourives terá que fazer uma caixa com no mínimo 1mm a mais, para que possa se encaixar perfeitamente.

A pedra é cravada pelo rondízio, independente do tipo de cravação. Assim, a faceta e a mesa terão de sobressair ao metal, ou seja, deverão estar expostas após o término da cravação.

O pião não pode encostar-se às laterais, deverá ficar simetricamente no centro da caixa, pois o brilho da pedra dependerá da luz recebida e a simetria da pedra na cravação fará com que a incidência de luz seja homogênea, entrando na pedra e refletindo nas facetas, provocando maior brilho.

Um outro erro muito comum quando o ourives confecciona a peça é deixar o metal onde se vai cravar muito baixo ou fino. Quando isto acontece, o pião irá sobressair-se ao metal na parte interior da jóia, encostando na pele da pessoa e trazendo alguns aborrecimentos, além de que a pedra poderá cair, por ser “empurrada” pelo contato com a pele.

Este tipo de problema estará no dia-a-dia do cravador e do ourives, mas são dois profissionais que dependem um do outro, assim como também do designer, do polidor e do lapidário. A união de todos eles contribui para que o processo produtivo seja um sucesso, trazendo, como conseqüência, o crescimento do ramo joalheiro.


*Sergio Trad Alves – é ourives há mais de 30 anos, trabalhando e ensinando nas áreas de ourivesaria, cravação e fundição de cera perdida. Já ministrou cursos em Londrina, Florianópolis, Camboriu, Paranavaí, cidades de Minas Gerais e do interior de São Paulo.

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